Pesquisar

Pioneira em qualidade e certificados

selos certificacoes

Assine a nossa Newsletter

Ao informar seus dados, você aceita receber comunicações e concorda com a Política de Privacidade.

Patente de medicamentos: como influencia a produção?

patente de medicamentos

A patente de medicamentos é fundamental no setor farmacêutico, criada para proteger e incentivar a inovação. 

Trata-se do direito exclusivo de exploração comercial, concedido pelo Governo por um período determinado.

Sendo assim, a patente de medicamentos permite que as empresas recuperem os altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento. 

No entanto, essa exclusividade impacta diretamente a produção e o acesso aos medicamentos, afetando desde os custos de fabricação até a disponibilidade para a população. Saiba mais, a seguir!

O que é e como funciona a patente de medicamentos?

o que é e como funciona a patente de medicamentos

Uma patente de medicamento é um título temporário concedido pelo Estado que protege uma inovação farmacêutica contra a reprodução sem autorização. 

Com isso, a empresa responsável pela criação pode explorar comercialmente o medicamento por um período específico, incentivando o retorno dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento. 

No Brasil, o processo de patente de medicamentos é conduzido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e conta com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercialização.

Isso garante que a segurança e a eficácia dos produtos sejam comprovadas antes de chegarem ao mercado. 

Durante a vigência da patente, a empresa detentora tem exclusividade sobre a fabricação e venda do medicamento.

Ou seja, no período, não é permitido a outras empresas desenvolverem ou comercializarem genéricos. 

Esse intervalo, muitas vezes, é suficiente para que a empresa recupere os altos custos com desenvolvimento, testes e marketing do novo medicamento.

Porém, ao mesmo tempo, limita o acesso do público a medicamentos mais acessíveis, como os genéricos, até que a patente expire.

Impacto das patentes na produção e no custo dos medicamentos

A concessão da patente gera impactos diretos nos custos de produção e no preço dos medicamentos para os consumidores. 

Durante o período de validade da patente, o medicamento é comercializado como produto de referência, geralmente a um preço mais elevado, que reflete os investimentos feitos pela empresa. 

Contudo, após o término desse prazo de exclusividade, outras empresas podem produzir versões genéricas, que são mais acessíveis, pois não carregam os mesmos custos iniciais de desenvolvimento.

Com a chegada dos medicamentos genéricos, o mercado passa a ter mais concorrência, o que geralmente reduz os preços e aumenta o acesso a esses tratamentos. 

Essa fase é fundamental para a saúde pública, uma vez que permite que medicamentos essenciais sejam disponibilizados a um número maior de pessoas a preços mais baixos. 

No entanto, essa queda nos preços e aumento na competição não é bem-vista por todas as indústrias farmacêuticas. Especialmente as multinacionais, porque perdem o benefício da exclusividade e, consequentemente, uma parte significativa de sua lucratividade.

Proteção de dados: implicações no Brasil

proteção de dados

Além da questão das patentes, a proteção de dados de testes clínicos e pré-clínicos têm ganhado destaque e gerado polêmica no Brasil. 

De acordo com uma reportagem da Revista Química e Derivados, o Data Protection, uma forma de proteção para dados de testes, está sendo debatido novamente no Congresso Nacional. 

Esse protocolo, que impede a divulgação de informações de testes clínicos, visa garantir que empresas que realizam pesquisas tenham exclusividade temporária sobre os dados. 

Logo, evitando que concorrentes aproveitem-se dos resultados sem investimentos próprios.

Porém, há uma preocupação de que essa proteção possa atrasar ainda mais o acesso aos genéricos. 

A revista destaca que esse movimento ocorre em um momento de expiração de mais de 200 patentes, algo que traz benefícios para a população ao promover o lançamento de medicamentos similares a custos reduzidos.

A implementação dessa proteção adicional, conforme argumentado por especialistas, poderia prejudicar a política de medicamentos genéricos.

Assim, restringindo o acesso da população e elevando os custos com saúde.

A legislação brasileira já prevê o Data Protection para produtos veterinários e defensivos agrícolas, conforme a Lei nº 10.603/2002

No entanto, há um consenso entre entidades de classe e a indústria nacional de que estender essa proteção aos medicamentos de uso humano não impulsionará a inovação no setor.

Mas, ao contrário, poderá elevar o custo dos medicamentos de referência, mesmo após o término da exclusividade das patentes. 

O impacto disso seria sentido pela população, que enfrentaria preços mais elevados e uma oferta reduzida de medicamentos genéricos.

A patente como estímulo à inovação

Por um lado, a patente de medicamentos incentiva a inovação, permitindo que as empresas farmacêuticas se dediquem a desenvolver novas terapias. 

Sem a proteção da patente, muitas inovações poderiam ser copiadas imediatamente após sua descoberta, o que comprometeria o investimento em pesquisa e desenvolvimento. 

Por outro lado, há o desafio de equilibrar a proteção das invenções com o direito da sociedade ao acesso a medicamentos mais acessíveis.

No Brasil, a política de genéricos é vista como um caso de sucesso. 

Afinal, permite que, após a queda da patente, medicamentos com a mesma eficácia dos de referência estejam disponíveis a preços mais baixos. 

A patente de medicamentos é essencial para garantir inovação e avanço científico, mas o impacto econômico e social da proteção prolongada exige equilíbrio. 

Buscando insumos de alta qualidade para a sua indústria? A CAQ – Casa da Química tem o que você precisa! Entre em contato e saiba mais.

Solicite um orcamento de insumos químicos